segunda-feira, 25 de junho de 2012

1 - Profecia e cumprimento (Jesus)




Alguns relatos no Velho Testamento sobre Jesus não são uma profecia exata, tanto que alguns relatos só são entendidos depois do cumprimento no Novo Testamento.
A maioria destes relatos estão nos livros de profetas, mas sempre mencionando a Profecia Messiânica junto com acontecimentos da época, o que não deixava a profecia com muita clareza.

Exemplo:
“O Senhor Deus diz:
-Belém-Efrata, você é uma das menores cidades de Judá, mas do seu meio farei sair aquele que será o rei de Israel. Ele será descendente de uma família que começou em tempos antigos, num passado muito distante.
Deus vai entregar os israelitas nas mãos do inimigo, que os dominará até que nasça o filho da mulher que está para dar à luz. Então os israelitas que estão no cativeiro voltarão a se reunir com os seus patrícios na Terra Prometida. O rei virá e será o Pastor do seu povo, governando-o com a força que o Senhor lhe dará e em nome do Senhor, o seu glorioso Deus. O seu povo viverá em segurança, pois o seu poder alcançará os lugares mais distantes do mundo. E Ele trará paz.
Quando os assírios invadirem o nosso país e conquistarem as nossas fortalezas, nós mandaremos para lutar contra eles os nossos líderes mais importantes.” (Miquéias 5:2-5)


Essa profecia fala de Jesus, mas também fala sobre os assírios que no ano de 722 a.C conquistou Israel, o Reino do Norte, e levou o seu povo para o cativeiro. O relato está em 2 Reis 17.

Jesus não veio libertar seu povo desse cativeiro. Quando Jesus nasceu, o povo estava sobre o domínio de Roma.

Por essas, e outras profecias, que os judeus entendiam e entendem, que o rei prometido por Deus é um homem que os libertará da escravidão humana.

Em Mateus 2:1-6 relata o nascimento de Jesus na cidade de Belém. Nessa passagem onde os magos passam por Jerusalém a procura do rei dos judeus fazem Herodes ir a caça desse rei que se torna, pra ele, uma ameaça. Herodes pergunta então aos chefes dos sacerdotes e mestres da Lei onde nasceria esse rei dos judeus. A resposta está nos versículos 5 e 6:
“-Na cidade de Belém, na região da Judéia, pois o profeta escreveu o seguinte:
‘Você, Belém, da terra de Judá, de modo nenhum é a menor entre as principais cidades de Judá, pois de você sairá o líder que guiará o meu povo de Israel.’ 

Para nós que aprendemos a história de Jesus através do Novo Testamento, mostrando com muita clareza a sua missão, o seu desempenho e sua concretização, fica mais fácil aceitar que Ele é o cumprimento das profecias do Velho Testamento.

Os judeus foram ensinados a ser um povo exclusivo de Deus, mas passaram a viver de aparências e cumprimentos de regras, se esquecendo da verdadeira aliança com Deus.
“O Senhor Deus diz:
‘Grite com toda a força, sem parar!
Grite alto, como se você fosse trombeta!
Anuncie ao meu povo, os descendentes de Jacó, os seus pecados e as suas maldades.
De fato, eles me adoram todos os dias e dizem que querem saber  qual é a minha vontade, como se fossem um povo que faz o que é direito e que não desobedece as minhas leis.
Pedem que eu lhes dê leis justas e estão sempre prontos para me adorar.’


O povo pergunta a Deus:
‘Que adianta jejuar, se tu nem notas?
Por que passar fome, se não te importas com isso?’


O Senhor responde:
‘A verdade é que nos dias de jejum vocês cuidam dos seus negócios e exploram os seus empregados. Vocês passam o dia de jejum discutindo e brigando e chegam até a bater uns nos outros.
Será que vocês pensam que, quando jejuam assim, eu vou ouvir as suas orações?
O que é que eu quero que vocês façam nos dias de jejum?
Será que desejo que passem fome, que se curvem como um bambu, que vistam roupas feitas de panos grosseiro e se deitem em cima de cinzas?
É isso o que vocês chamam de jejum?
Acham que um dia de jejum assim me agrada?


‘Não! Não é esse o jejum que eu quero.
Eu quero que soltem aqueles que foram presos injustamente, que tirem de cima deles o peso que os faz sofrer, que ponham em liberdade os que estão sendo oprimidos, que acabem com todo tipo de escravidão.
O jejum que me agrada é que vocês repartam a sua comida com os famintos, que recebam em casa os pobres que estão desabrigados, que deem roupas aos que não tem e que nunca deixem de socorrer os seus parentes.
Então a luz da minha salvação brilhará como o sol, e logo vocês todos ficarão curados.
O seu Salvador os guiará, e a presença do Senhor Deus os protegerá de todos os lados.
Quando vocês gritarem pedindo socorro, eu os atenderei;
Pedirão a minha ajuda, e eu direi: Estou aqui!’
‘Se acabarem com todo tipo de exploração, com todas as ameaças e xingamentos;
Se derem de comer aos famintos e socorrerem os necessitados, a luz da minha salvação brilhará, e a escuridão que vocês vivem ficará igual a luz do meio-dia.
Eu, o Senhor, sempre os guiarei; 
Até mesmo no deserto, eu lhes darei de comer e farei com que fiquem sãos e fortes.
(Isaías 58:1-11a)

A promessa era que Deus sempre os guiaria, mas havia um “Se” que eles não conseguiram cumprir para continuarem exclusivos.

Nessa profecia de Isaías vemos claramente que Deus e o seu povo já não se entendiam. O povo fazia exigências de leis justas e Deus de obediência.

Nisso, vemos que havia profecias sobre Jesus, mas o povo judeu não estava sensível para como iria acontecer, não entendiam que eles precisavam ser libertos em seu interior, mesmo Deus falando de forma tão clara como nessa profecia de Isaías.

Sobre o nascimento de Jesus as profecias que estão em Isaías do capítulo 7 ao 9, são contraditórias, pois hoje entendemos a profecia pelos evangelhos, que apontam Jesus como a criança da profecia:
"A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome de Emanuel." (Mateus 1:23)


Esse foi o entendimento de Mateus em relação ao velho testamento, mas lendo os três capítulos dá-se a entender o cumprimento no filho de Acaz (Isaías 8:1), o rei Ezequias, que foi um bom rei de Judá (2 Reis a partir dos capítulo 18)



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Perguntas ou Comentários