segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Natal

Mas não tenha nada a ver com as lendas pagãs e tolas. Para progredir na vida Cristã, faça sempre exercícios espirituais. Pois os exercícios físicos tem alguma utilidade, mas o exercício espiritual tem valor para tudo porque o seu resultado é a vida, tanto agora como no futuro. (1 Timóteo 4:7,8)

Pagão:
1. Diz-se em geral de toda a religião que não é monoteísta ou que não adota o batismo.
2. Gentio.
3. Idólatra.

Aqui Paulo ensina a Timóteo a não ter participação com lendas pagãs, ou idólatras que não seguem a Deus como único.

Natal é uma lenda pagã?

A história do Natal começa sete mil anos antes do nascimento de Cristo, sendo tão antiga quanto às próprias civilizações. A festa tinha como motivo a celebração do solstício de inverno no hemisfério norte.

No dia do solstício, tem-se a noite mais longa de todo o ano, a partir dessa madrugada de dezembro, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. Para as civilizações antigas, o solstício de inverno era o momento do renascimento do sol, marcando a vitória gradual da luz sobre as trevas. Os dias mais longos significavam a volta das farturas aos campos, culminando com as boas colheitas.

Na Mesopotâmia, as comemorações da volta dos dias longos a partir do solstício de inverno, eram celebradas durante doze dias. O mesmo solstício relembrava no Egito antigo, a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos. Nas ilhas Britânicas, as festas do solstício aconteciam em volta do monumento de Stonehenge, que marcava a trajetória do sol ao longo do ano. Na Grécia o solstício marcava o culto a Dioniso, deus do vinho e da embriaguez. Na Pérsia o solstício marcava o nascimento de Mitra, deus sol e do renascimento, representado sempre ao lado de um touro.

No século IV a.C., o culto ao deus Mitra chega à Europa. Muitos séculos depois, os soldados romanos viraram ardorosos adoradores do deus, levando a divindade para Roma, estendendo a sua veneração a todo o império. Os romanos festejavam a data de nascimento de Mitra no dia 25 de dezembro, data do solstício de inverno no antigo calendário Romano (no calendário atual a data que se dá o solstício é no dia 20 ou 21, conforme o ano).


Com o tempo, Mitra tornou-se um dos deuses mais venerado de Roma. Na data do seu nascimento, 25 de dezembro, os romanos comemoravam o nascimento do menino Mitra, o invicto, deus que trazia o alvorecer de um novo sol. Na data os sacerdotes faziam sacrifícios ao deus, a população entrava em festa, as famílias trocavam presentes dias antes, grandes comilanças e orgias aconteciam durante as comemorações do nascimento de Mitra. O culto ao deus que trazia a luz ao mundo é o que dá origem ao Natal cristão.

Quando Constantino converteu o império romano ao cristianismo, não conseguiu acabar com as tradições pagãs, principalmente as festas em homenagem a Mitra, tão populares e entranhadas nas tradições dos romanos. Com a ausência de uma data específica que apontasse o nascimento de Cristo, o dia 25 de dezembro foi adotado para que coincidisse com as festividades do nascimento do deus sol invicto. Assim, a igreja cristianizou a mais importante das festividades pagãs, transformando-a em um ícone do mundo cristão.

http://jeocaz.wordpress.com/2009/02/26/a-origem-do-natal/

Existem muitos simbolismos para se compor um natal pagão:
      Árvore de natal

Pesquisando sobre esse pinheirinho enfeitado, encontramos muitas versões da sua origem, na maioria delas, o sentido é sempre baseado no paganismo, sendo usada como objeto de consagração a colheita e prosperidade.

Existe também a versão de que Martinho Lutero início a tradição:

A história conta que em certa noite, enquanto caminhava pela floresta, Lutero ficou impressionado com a beleza dos pinheiros cobertos de neve. As estrelas do céu ajudaram a compor a imagem que Lutero reproduziu com galhos de árvores em sua casa. Além das estrelas, algodão e outros enfeites, ele utilizou velas acesas para mostrar aos seus familiares a bela cena que havia presenciado na floresta.

Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães, que vieram morar na América durante o período colonial.
      Guirlanda

Assim como a árvore, existe todo tipo de explicação também para a guirlanda :

A origem da guirlanda natalina, ou coroa de Natal, é anterior ao cristianismo. Ainda na época dos gregos pagãos,  elas eram colocadas nas portas de entrada como um “adorno de chamamento” aos deuses, ou seja, um sinal de boas-vindas.

Já na Roma Antiga, um ramo de plantas enrolado no formato de coroa era um voto de saúde.

Posicionando-a na porta de casa, significava saúde para todos os habitantes.

Um pouco depois, na Idade Média, a sua relação com o Natal ainda não era muito forte. Também como símbolo de boas-vindas, era exposta na porta dos lares durante o ano inteiro com o brasão familiar. Além disso, ela servia de proteção contra bruxas, demônios e má-sorte.

Sempre carregando um significado bom, hoje a guirlanda é utilizada como decoração de Natal.

Representando paz, prosperidade, evolução e recomeço, elas continuam adornando a porta de entrada de lares ao redor do mundo.

Muitos cristãos anti-natal entendem a guirlanda como entrada de demônios nos lares.

       Papai Noel

O personagem foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV.

Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro

http://pt.wikipedia.org/wiki/Papai_Noel

Até o final do século XIX, o Papai Noel era representado com uma roupa de inverno na cor marrom ou verde escura. Em 1886, o cartunista alemão Thomas Nast criou uma nova imagem para o bom velhinho. A roupa nas cores vermelha e branca, com cinto preto, criada por Nast foi apresentada na revista Harper’s Weeklys neste mesmo ano.

http://www.suapesquisa.com/historiadopapainoel.htm

     Presépio

Tornou-se costume em várias culturas montar um presépio quando é chegada a época de Natal. Variam em tamanho, alguns em miniatura, outros em tamanho real. O primeiro presépio do mundo teria sido montado em argila por São Francisco de Assis em 1223. Nesse ano, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, o Santo fê-lo na floresta de Greccio, para onde mandou transportar uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. O costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o Renascimento. Em 1567, a Duquesa de Amalfi mandou montar um presépio que tinha 116 figuras para representar o nascimento de Jesus, a adoração dos Reis Magos e dos pastores e o cantar dos anjos. Foi já no Século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo.

Menino Jesus: É o filho de Deus. Foi o escolhido para ser o salvador do povo.

Virgem Maria: É a mãe do filho de Deus. Do seu ventre, nasceu Jesus Cristo.

São José: É o pai adotivo do Menino Jesus; foi um homem judeu, conhecido como carpinteiro de profissão.

Gruta ou Curral: É o local simbolizado pelo presépio. O curral era onde se guardava o gado. Por isso, no presépio, o Menino Jesus fica sobre palhas, numa manjedoura.

Manjedoura: É um lugar de aconchego onde Jesus ficou quando nasceu. É como se fosse o berço de Jesus.

Um burro e um boi: Os animais representam a simplicidade do local onde Jesus nasceu. "Jesus não nasceu em palácios, nem em lugares luxuosos, mas sim no meio dos animais".

Anjos: Os anjos anunciam aos pastores a chegada do filho de Deus aos pastores. Eles sabem que nasceu o salvador.

Pastores: Os pastores são homens do campo, que simbolizam a simplicidade do povo, já que Deus acolhe a todos sem se importar com sua condição social.

Estrela de Belém: A estrela de Belém é aquela que se coloca no alto da árvore de Natal. Foi ela que guiou os três Reis Magos quando Jesus Cristo nasceu.

Três Reis Magos: Os três Reis Magos - Gaspar, Baltasar e Belchior - eram considerados sábios. Eles foram ao local onde Jesus nasceu. Eles vieram do Oriente conduzidos pela estrela. Chegaram à cidade de Belém, local de nascimento do Menino Jesus, trazendo presentes: mirra, ouro e incenso. O padre explica que o ouro representava a realeza, a mirra era símbolo da paixão e o incenso significava a oração.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pres%C3%A9pio

Outras explicações nos dizem que o presépio é uma idolatria, pois Jesus não é mais um menino.

São muitas as simbologias que envolvem o natal e infelizmente vemos que tudo isso tirou o foco do verdadeiro sentido: o nascimento de Jesus Cristo.

Através da Bíblia entendemos que esse foi um acontecimento que mexeu com céus e terras, pois nasceu o Deus-menino, veio nos trazer um sentido espiritual, mas apesar de ser o filho de Deus, veio como homem, cumpriu sua missão e nos deixou sua mensagem.

 Troca de presentes

Presentes são sempre bem-vindos em qualquer data, mas o que temos visto, são pessoas se sentindo na obrigação de presentear, ou presenteiam por prazer, mas ficam completamente endividados porque essa é a data para todos os presentes. Outras pessoas se frustram por não receber presentes e até sofrem, se deprimem, se sentem sozinhas e rejeitadas.

Temos que fazer o que podemos, temos que nos alegrar com o que temos. A alegria de um dia não pode virar o desespero do ano inteiro, isso com certeza não é um presente para o aniversariante que nos ensina a não dever nada, a não ser o amor.

Devemos comemorar essa festa pagã?

A resposta é: não existem ensinamentos deixados para essa comemoração, por isso, podemos celebrar como festa de nascimento sim, mas com muita sabedoria.

Precisamos da simbologia?
Não, pois a única coisa que lembra o nascimento é o presépio, mas assim como não atribuímos o símbolo da figura de Jesus pregado na Cruz, também não devemos atribuir a Jesus o símbolo dele como bebê.

Voltando ao versículo do início, devemos procurar de todas as formas, não termos nada a ver com as lendas pagãs, mas exercitarmos o que é realmente espiritual. Jesus nasceu e isso é fato, como usamos isso no exercício espiritual?

Usando essa festa com base cristã, amando e ajudando aquele que precisa, pois dessa forma fazemos àquele que é o aniversariante da ocasião, Jesus!

Aí o Rei responderá: “Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando vocês fizeram isso ao mais humilde dos meus irmãos, foi a mim que fizeram.” (Mateus 25:40)

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